Quando se fala em vinhos com identidade, não basta mencionar terroir. É preciso falar de pessoas — das mãos que plantam, das ideias que transformam, dos olhos que brilham quando a uva vira história engarrafada. E foi exatamente isso que encontrei ao visitar a Quinta Picouto de Cima, em Guimarães, na sub-região do Ave, Região dos Vinhos Verdes.
Uma propriedade onde o vinho nasce da terra... e do coração de uma família.
Um vale onde o sol brilha diferente
Albertino, produtor e proprietário, conta que tudo começou em 1997, por acaso — a quinta surgiu numa negociação empresarial. Mas bastou pisar no terreno para sentir que ali havia algo especial:
“Aqui o sol brilha mais, aquece mais, é diferente. Desde a primeira colheita, feita por 13 pessoas e que rendeu apenas 50 litros, percebemos que este lugar era especial para produzir vinhos de excelência.”
O “acaso” virou missão. A propriedade passou por uma transformação profunda, com dedicação diária e uma visão clara: criar vinhos que expressem a autenticidade do terroir e conquistem quem entende do assunto.
Projeto de vinho... e de vida
A Quinta é movida por uma força essencial: a família. Taciana, esposa de Albertino, vive esse dia a dia com entusiasmo:
“Trabalhar juntos, sonhar juntos, ver tudo tendo continuidade... dá um entusiasmo, uma paixão pra seguir.”
Mas o projeto também carrega as raízes de gerações anteriores. Albertina, filha de Albertino do primeiro casamento, acompanha tudo desde o início:
“Quem viu esta quinta como era e vê como está hoje, percebe que é surreal. A paixão do meu pai nos motiva a trazer ainda mais dedicação por esta terra.”
Hoje, a nova geração também está presente — o filho de Albertino e Taciana, João, já cresce entre vinhas, aromas e histórias que fermentam com o tempo.
Rótulos com identidade própria
Quando pergunto quais vinhos representam a alma da Quinta, Albertino é direto: o Premium.
“É uma mistura de castas, como se fazia antigamente. Fresco, alcoólico, cheio de aroma e estrutura. No primeiro ano já ganhou medalha de prata num concurso concorrido.”
A produção é pensada com foco no perfil dos consumidores:
- Loureiro: para o paladar americano
- Arinto: sucesso entre consumidores do norte da Europa, como Irlanda
- Espadeiro: em breve será um rosé direcionado aos EUA, mas já cresce em consumo em Portugal
- Alvarinho e Arinto Reserva: surpreendem pelo nível alcançado fora dos grandes centros vinícolas tradicionais
“Ninguém acreditava que se pudesse fazer um Alvarinho reserva aqui em Guimarães. E o Arinto Reserva deste ano teve um sucesso brutal, tanto pelo rótulo quanto pelo conteúdo.”
Enoturismo com alma verde
A visita à Quinta é uma experiência para os sentidos — e para o espírito. Albertina descreve com paixão:
“A envolvência aqui é muito especial. Muito verde, muito natural. Dá pra conhecer as vinhas, fazer provas... E temos uma casa de alojamento que é ótima pra quem quer um retiro com vinho.”
Taciana lembra que tudo começou com o entusiasmo dos visitantes internacionais:
O feedback nas feiras era incrível. Os olhos brilhavam ao provar. Aí entendemos: estamos no caminho certo.
Hoje, o enoturismo é parte do projeto, e a Quinta continua a crescer, com novos rótulos no horizonte e o mesmo cuidado de sempre com cada garrafa.
Descubra você também
A Quinta Picouto de Cima é mais do que uma propriedade vinícola. É um exemplo de como paixão, tradição e visão se encontram na taça. E agora, os vinhos dessa família já podem ser encontrados na WineGourmet.pt.
Explore os rótulos da Quinta Picouto de Cima na nossa loja!
Agende sua visita, prova de vinhos e estadia diretamente com a Quinta!